De acordo com a advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, a exposição do caso violou a presunção de inocência e condenou o ex-jogador da Seleção Brasileira perante a opinião pública. A defesa considera que os direitos de Daniel Alves foram cerceados desde a denúncia do suposto estupro cometido em 30 de dezembro de 2022, até a prisão em 20 de janeiro de 2023.
Para Inés Guardiola, Dani Alves não pôde se defender como deveria nem provar que havia feito alto consumo de álcool naquela noite. O lateral também não teria tido o a uma defesa garantida porque só lhe foram dadas duas horas para preparar sua declaração no tribunal de plantão.
Apesar do pedido, o tribunal considerou que o direito de defesa foi garantido. Com isso, o julgamento foi confirmado.
A advogada de Daniel Alves também reclamou que um segundo exame médico da suposta vítima não foi autorizado e solicitou que ela fosse gravada quando testemunhasse, sem distorcer sua voz ou pixelizar sua imagem, pois isso dificultaria ouvi-la claramente e até mesmo recorrer. Essa solicitação não foi levada em consideração.
A reclamante está testemunhando com o circuito de televisão cortado para a mídia, atrás de uma tela, para evitar contato visual com seu suposto agressor.
Inés Guardiola também solicitou que seu cliente deponha por último, na quarta-feira (7). O tribunal acatou esse pedido.
Julgamento paralelo
A advogada do ex-jogador também garantiu que Dani Alves sofre "uma situação econômica sufocante", pois deve meio milhão de euros (cerca de R$ 2,6 milhões) ao Tesouro, tem um embargo de 150 mil euros (pouco mais de R$ 805 mil) e seu saldo bancário é de 70 mil euros (aproximadamente R$ 376 mil).
Ele também destacou que, desde que o caso veio à tona, tudo o que foi publicado apresenta o brasileiro como um agressor sexual, o que significa que há "uma convicção social de que ele é culpado".