Djokovic encerrou a parceria bem-sucedida com Goran Ivanisevic em março, depois de cinco anos, e terminou o resto da temporada, em que ganhou o ouro olímpico e conquistou uma série de troféus importantes, sem um técnico.
Embora vá comemorar o 38º aniversário em 2025, o sérvio ainda gostaria de ampliar a coleção recorde de 24 vitórias em Grand Slams. É por isso que decidiu expandir a equipe executiva e, inesperadamente, ofereceu a função de treinador a Andy Murray, que aceitou o desafio.
"Tenho pensado na próxima temporada nos últimos meses e tentado encontrar a solução ideal para o que preciso nesta fase da minha carreira. Em março, encerrei uma parceria de sucesso com Goran Ivanisevic e tive seis meses para pensar sobre isso", disse Djokovic.
"Quando eu estava analisando os diferentes nomes de treinadores, percebi que a opção perfeita para mim seria alguém que tivesse ado pelas mesmas experiências que estou ando agora. O ideal seria um ex-número um do mundo e vencedor de vários Grand Slams", explicou.
"Pensei em várias pessoas. E, de repente, durante uma discussão com minha equipe, o nome de Andy Murray apareceu na mesa. Foi uma decisão chocante", itiu o tenista.
Murray pego de surpresa
Djokovic ou a maior parte da carreira com o técnico eslovaco Marian Vajda, mas Murray será o terceiro ex-número um do mundo e campeão de Grand Slam em sua equipe, depois do americano Andre Agassi e do alemão Boris Becker.
"É claro que Andy também ficou surpreso, pois não esperava por isso. Mas, depois de alguns dias, ele aceitou a oferta e chegamos a um acordo muito rápido", se alegrou o tenista que disputou 36 duelos com o colega britânico e venceu 25 deles, entre 2006 e 2017.
"Essa colaboração é surpreendente para todos, mas é empolgante para o tênis. Ele é um dos meus maiores rivais, temos a mesma idade e já jogamos juntos em todos os grandes torneios e estádios do mundo. Portanto, mal posso esperar para me preparar para a nova temporada", acrescentou.
Murray, três vezes vencedor de Grand Slam e dono de duas medalhas de ouro olímpicas, se aposentou após os Jogos Olímpicos de Paris, em agosto. O britânico deve fazer a primeira aparição na equipe técnica de Djokovic no Aberto da Austrália, em janeiro, em que perdeu quatro vezes para o sérvio na disputa pelo título.
Djokovic, atualmente em sétimo lugar no ranking mundial, entrará na nova temporada no final de dezembro em Brisbane, na Austrália, onde buscará o troféu do 100º aniversário. Somente Jimmy Connors (109) e Roger Federer (103) ultraaram essa marca no circuito principal.