"Não sei o que é enxergar bem. Eu costumava jogar com lentes de contato, mas não era a mesma coisa", confidenciou Šramková sobre sua deficiência médica ao site da WTA.
Ela é praticamente cega de um olho desde a infância. A atleta esperava que o tênis melhorasse sua visão, mas não aconteceu.

Depois de anos no tour, Sramková finalmente conseguiu entrar para a elite do tênis após completar 28 anos de idade, em outubro, e é hoje a número 43 do mundo.
Ela se tornou a primeira campeã eslavaca no circuito da WTA em seis anos, ao conquistar o WTA da Tailândia, e levou seu país à final na Billie Jean King Cup de 2024.

Superação e top 100
Além de sua deficiência, nos últimos anos ela teve uma série de lesões e também uma briga com seu pai Jozef, com quem parou de se falar.
O mundo do tênis despertou para Šramková quando ela chegou às oitavas de final do WTA 1000 de Roma, em maio. Ela perdeu no tie-break do 3º set para Jelena Ostapenko, mas o resultado garantiu sua primeira entrada no top 100.
No US Open, o último Grand Slam da temporada, Sramková decepcionou no qualifying. Lá, ela era a favorita contra Usue Maitane Arconada, então número 834 do mundo, mas acabou eliminada.
Em Monastir, na Tunísia, a tenista de Bratislava deu a volta por cima e se sagrou vice-campeã.
Logo depois, ela conquistou seu primeiro título em Hua Hin, na Tailândia, onde se tornou a primeira campeã eslovaca no circuito desde Anna Karolina Schmiedlova em Bogotá 2018.
Na sequência, Sramková chegou à 3ª rodada do WTA 1000 de Pequim — caindo para Paula Badosa em jogo duro — e chegou à final do WTA 125 de Jiunjiang.
Em um período de 20 dias, ela jogou 15 partidas com um retrospecto de 13v e 2d.
Vice histórico na Billie Jean King
Sramková foi o destaque da equipe eslovaca nas finais da Billie Jean King Cup. Ela derrotou a número 11 do mundo Danielle Collins para superar os EUA, ou pela australiana Ajla Tomljanovic e pela britânica Katie Boulter.
O título acabou escapando, pois Jasmine Paolini e a Itália foram superiores na decisão.