A vitória por 2 sets a 1, com parciais de 6-7 (3), 6-3 e 7-5, fez com que Bia Haddad colocasse a bandeira do Brasil nas quartas de final de um Grand Slam pela primeira vez em 19 anos. Nas chaves de simples, a última vez foi em 2004, quando Gustavo Kuerten perdeu para o argentino David Nalbandian.
"Ele é um ídolo pra mim. No seu primeiro título aqui, eu tinha um ano. Cresci ouvindo o nome dele. Ele é um cara muito legal, uma pessoa muito importante para nós. Sou inspirada por ele, é meu ídolo", disse Bia, ainda na quadra, ao ser perguntada sobre sua relação com o tricampeão de Roland Garros.
Além de igualar Guga, Bia Haddad também quebrou outro tabu, de 55 anos. A número 14 do mundo se tornou a primeira brasileira desde Maria Esther Bueno a se colocar entre as oito melhores tenistas em um Grand Slam. A última vez foi com a nossa sete vezes campeã de Slams em simples, no US Open de 1968.
O duelo com Sara Sorribes Tormo foi uma montanha russa de três sets. Nos momentos mais difíceis, Bia disse ter se inspirado em outra grande lenda: Novak Djokovic.
''Eu tentei pensar de uma forma positiva nos momentos mais difíceis. Pensei que, se eu estava sentindo o nervosismo, minha adversária também estava sentindo. Meu técnico me mandou uma entrevista do Djokovic, falando de nervosismo. Então, se o Djokovic fica nervoso, quem sou eu para não ficar? Precisamos aceitar, nos mantermos firmes para aguentar a pressão", itiu a brasileira.