Beckenbauer, que foi o primeiro astro esportivo verdadeiramente global da Alemanha, levando o país ao título da Copa do Mundo como jogador e técnico em 1974 e 1990, respectivamente, tornou-se parte do tecido social do país em uma carreira de enorme sucesso dentro e fora dos gramados por mais de 50 anos.
Beckenbauer, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, jogou 103 partidas pela seleção alemã e foi o capitão da Alemanha Ocidental na Copa do Mundo de 1974, dois anos depois de conquistar o título europeu.

Ele também chefiou o comitê organizador da Copa do Mundo de 2006, realizada na Alemanha.
"Todo o mundo do futebol, e não só, está de luto pelo nosso amigo Franz", disse Rummenigge, que jogou ao lado de Beckenbauer no Bayern de Munique na década de 1970, ao jornal Bild.
Rummenigge, ex-CEO de longa data do Bayern, foi o capitão da Alemanha Ocidental sob o comando do técnico Beckenbauer na Copa do Mundo de 1986, quando o time perdeu para a Argentina na final.

"Como agradecimento e em memória, o Bayern deveria organizar uma comemoração no estádio que não teria existido sem ele", disse ele.
Beckenbauer fez parte da poderosa equipe do Bayern de Munique que ganhou três Copas da Europa consecutivas de 1974 a 1976, entre outros títulos. Ele se tornou o técnico da equipe e presidente do clube após sua carreira como jogador, estabelecendo o campeão alemão como uma das marcas mais bem-sucedidas e valiosas do futebol europeu.

O clube, sob a presidência de Beckenbauer, deixou o velho estádio Olímpico e se mudou para a Allianz Arena, construída para esse fim, em 2006.
Uma cerimônia no estádio não é a única proposta para lembrar o "Kaiser", apelido que ele ganhou por seu estilo de jogo e visão do esporte.
Bertie Vogts, também vencedor da Copa do Mundo de 1974, sugeriu renomear a Copa da Alemanha como Copa Beckenbauer para garantir que sua memória permaneça viva.
"Talvez a Federação Alemã de Futebol (DFB) devesse considerar renomear, por exemplo, a Copa da Alemanha em homenagem a Franz Beckenbauer", disse Vogts ao jornal Rheinische Post.
"É importante que seu nome não seja esquecido pelas gerações de futebol que virão."
