As três campeãs mundiais vieram para "ratificar, até onde sabem, os fatos que são objeto da denúncia", disseram fontes judiciais.
As jogadoras confirmaram, perante o juiz que investiga Rubiales por supostos crimes de agressão sexual e coerção, que o beijo não foi consensual e que o ex-presidente da federação e sua comitiva pressionaram Hermoso para justificar a ação.

As jogadoras do Barcelona, Putellas e Paredes, testemunharam perante o juiz por videoconferência da capital catalã, enquanto a goleira do Real Madrid, Misa Rodriguez, testemunhou pessoalmente na Audiência Nacional, o principal tribunal criminal da Espanha.
Todas as três foram convocadas como testemunhas como parte da investigação conduzida pelo juiz Francisco de Jorge, após a denúncia apresentada pelo promotor público contra Rubiales pelo beijo forçado de Jenni Hermoso na final da Copa do Mundo.

Pressão em busca de alívio
Em sua denúncia, o Ministério Público aponta que "Jenni Hermoso também mencionou em sua declaração que tanto ela quanto seus amigos mais próximos e sua família sofreram pressão constante e repetida de Luis Rubiales e de sua comitiva profissional para justificar e aprovar os fatos".
O irmão e uma amiga de Hermoso já haviam confirmado essas pressões perante o juiz, que, após essas declarações, decidiu na semana ada que o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, o diretor da seleção masculina, Albert Luque, e o diretor de marketing da RFEF, Rubén Rivera, também seriam investigados no caso.
O juiz planeja tomar o depoimento de uma testemunha nesse caso contra o técnico da seleção espanhola, Luis de la Fuente, em 20 de outubro.

O magistrado continua sua investigação sobre Rubiales, que em 20 de agosto provocou um escândalo internacional com seu beijo em Jenni Hermoso na cerimônia de entrega de medalhas da Copa do Mundo.
Essa ação de Rubiales, que defende que foi um beijo consensual, provocou um protesto das jogadoras espanholas em defesa de sua companheira de equipe e para exigir mudanças na RFEF.
Desde a eclosão do caso, Rubiales renunciou e vários funcionários de alto escalão da federação, considerados próximos ao ex-presidente, foram demitidos.
