Em fevereiro deste ano, o ex-jogador do Barcelona e do Paris Saint-Germain foi condenado pelo crime de agressão sexual, cometido em 2022, contra uma jovem. A defesa de Dani Alves recorreu da decisão.
O crime aconteceu no banheiro de uma discoteca, em dezembro de 2022. O jogador, que apresentou diversas versões para o sucedido, defende que as relações foram consensuais.
A justiça espanhola aceitou que Daniel Alves aguarde em liberdade o seu recurso, mediante pagamento de fiança de um milhão de euros, o que ainda não aconteceu. Além disso, o jogador teve os aportes, brasileiro e espanhol, retidos.
Agora, a Procuradoria de Barcelona anunciou recurso da decisão de libertar Daniel Alves, salientando que se mantêm os motivos pelos quais foi adotada a prisão preventiva em janeiro de 2023.
"Ainda mais tendo em conta os recursos interpostos pelo Ministério Público e pela acusação particular e o horizonte penal que o arguido enfrenta é de até 12 anos de prisão", explica em comunicado.
Por isso, entende que a prisão preventiva deve ser prolongada até metade da pena imposta na sentença, ou seja, dois anos e três meses.
"Existe um elevado risco de fuga, que entendemos não poder ser atenuado com as medidas alternativas previstas no despacho recorrido, tendo em conta a falta de raízes do Sr. Alves no nosso país, e as raízes existentes com o seu país de origem (Brasil), país que não extradita cidadãos por crimes de agressão sexual. Dada a sua elevada capacidade econômica, implica que o risco de fuga não é atenuado pelo depósito da fiança", insiste a Procuradoria.
O jogador ainda não conseguiu pagar a multa de um milhão de euros que lhe foi imposta na última quarta-feira (20) pelo Tribunal de Barcelona para poder ser libertado sob fiança, precisando permanecer na prisão durante todo o fim de semana.