O técnico da Roja masculina estava presente em Sydney quando a equipe feminina venceu a final da Copa do Mundo, em 20 de agosto de 2023, e estava no avião que levava as jogadoras e a delegação de volta à Espanha.
Foi nesse avião que De la Fuente afirmou ao Tribunal Nacional, na terça-feira, que havia tomado conhecimento do beijo imposto sem o consentimento do camisa 10 da Espanha.
"Depois de mais de 36 horas sem dormir, vocês entenderão que eu estava muito cansado (...) Eu não estava ciente da extensão do escândalo", explicou Luis de la Fuente, no segundo dia do julgamento de Luis Rubiales e três executivos da RFEF.
O técnico, que foi nomeado para a seleção masculina sob o comando de Luis Rubiales (2018-2023), insistiu que "não teve nada a ver" com a forma como a Federação lidou com o caso, negando, em particular, que tenha participado de uma reunião de crise com Luis Rubiales e outros funcionários.
Poucos dias depois do escândalo, De la Fuente foi duramente criticado - e teve que se desculpar - por aplaudir Luis Rubiales em uma assembleia geral extraordinária da RFEF, depois que o então presidente se recusou a renunciar, criticando em particular "um falso feminismo" nas críticas feitas a ele.
Na mira da Justiça
O espanhol está sendo julgado desde segunda-feira (3) por agressão sexual e coerção por ter pressionado a jogadora a encobrir o escândalo. A promotoria pediu dois anos e meio de prisão.
Durante a audiência, o ex-diretor de comunicações da RFEF, Pablo García Cuervo, itiu ter redigido um comunicado de imprensa em nome de Jenni Hermoso com base em declarações feitas pela jogadora em uma entrevista na televisão.
Cuervo disse ainda que não havia insistido para que ela fizesse um vídeo a fim de minimizar o escândalo.