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Julgamento pela morte de Maradona é anulado após impedimento de juíza

A juíza Julieta Makintach foi considerada impedida de julgar o caso
A juíza Julieta Makintach foi considerada impedida de julgar o casoAA/ABACA/Abaca Press/Profimedia
A Justiça argentina anulou, nesta quinta-feira (29), o julgamento de sete acusados de homicídio do astro do futebol Maradona, após o impedimento de uma das juízas na terça-feira por estrelar um documentário não autorizado sobre o caso.

O novo julgamento ainda não tem data de início, já que depende da designação de um novo tribunal, que será feita por sorteio. As partes ainda podem recorrer da anulação, explicaram à AFP os advogados do caso, que duvidam que o processo possa ser retomado este ano.

"Ouvidas todas as partes, é anunciada a decisão do tribunal, que é a nulidade do julgamento", disse o magistrado Maximiliano Savarino no tribunal de San Isidro, perto de Buenos Aires, onde o processo era julgado.

Com esta decisão, as 20 audiências realizadas desde 11 de março, nas quais mais de 40 testemunhas prestaram depoimento, provas foram apresentadas e as três filhas de Maradona testemunharam, foram anuladas.

O tribunal, portanto, deferiu o pedido da acusação, dos denunciantes e da maioria dos advogados de defesa para nomear três novos juízes e reiniciar o processo, que busca determinar se a morte do astro do futebol em 2020 foi um homicídio.

O impedimento da juíza Julieta Makintach foi declarado na terça-feira, após o escândalo desencadeado por sua participação em uma série documental sobre o caso, parcialmente gravada no tribunal de San Isidro. A gravação foi feita sem o conhecimento das partes. Imagens e roteiros da série foram exibidos em uma audiência na terça-feira, e a juíza deixou o julgamento imediatamente.

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