A brasileira Outlier foi a primeira a aparecer neste mercado recente, atendendo clientes do porte de Endrick, Andreas Pereira, Arthur Gomes, Matheus Pereira, Rodrigo Muniz, Joelinton, entre outros craques de dentro e fora do país.
A ideia é oferecer aos clientes um serviço personalizado, que dê ao atleta informações variadas por meio de números, vídeos e estatísticas, além de informações dos próximo adversários, tentando deixar tudo isso fresco na cabeça do jogador.
O CEO da empresa, Diego Vieira foi um dos entrevistados do Flashscore Podcast na edição de 2024 da Confut Nordeste, e teve suas duras lições no mundo da bola antes de iniciar a nova empreitada. (acompanhe a partir dos 36 minutos).
"Eu cheguei a ser jogador profissional, mas fiz apenas dois jogos nos Estados Unidos e eles me serviram para perceber que a diferença era muito grande. Não era pra mim.
"Sou amigo pessoal do Léo Bonatini (hoje no Atlético San Luis, do México), que me sugeriu a ideia do projeto. Tudo começou comigo analisando os dados dele na época em que defendia o Wolverhampton. Ele acabou fazendo o papel de protótipo.
"A ideia era estudar o Nuno Espírito Santo (seu treinador na época) e mostrar pro Léo os aspectos desenvolvidos e que podiam ser aprimorados em campo", recorda o dono da empresa que garante ter, no mundo, o maior número de clientes dentro deste mercado.
A ajuda da tecnologia, fundamental para o ramo de atuação, fez o processo de metodologia evoluir, conseguindo reunir ainda mais dados que eram incorporados nas conversas com os jogadores. "No início, era somente eu. O exército de um homem só. Hoje contamos com 23 pessoas atendendo 75 clientes entre jogadores, técnicos e clubes", conta.
Aos clubes, a Outlier dá importante e nas informações de categorias de base, algo que os clubes nem sempre dispõe da estrutura e do processo interno necessários.
Os encontros com os jogadores acontecem semanalmente, com todos eles recebendo material em vídeo, com as principais ações. Alguns recebem também análises dos adversários, caso este item esteja dentro do seu contrato com a empresa.
Os jogadores, bimestralmente, também têm o a um relatório de análise do seu comportamento tático e individual, indicando suas melhoras e pontos de evolução. Além disso, é apresentado para estes atletas um comparativo geral com jogadores da mesma posição da liga em que atuam.

Ambiente seguro
O boca-boca fez grande diferença na conquista de mais clientes, espalhando a palavra de uma atividade que nem todos conheciam, se limitando ao que o clube os ava de informações. "Em nossos contatos s com os atletas, ele podem se posicionar e lamentar dentro de um ambiente seguro. É importante entendermos o contexto em que ele está inserido e saber também a cultura e o estilo de jogo que ele faz parte.
"Queremos ajudar o atleta na estrutura de jogo do seu técnico e do clube, precisamos entender seu papel a nível individual para que ele possa ter um melhor desempenho coletivo", pontua.

Gol de placa
Vieira relata que um dos maiores prêmios que a empresa pode ter é o retorno quando jogadores contam que, em determinada situação do jogo, se lembraram de determinada informação que lhe foi ada e que o fez tomar a melhor decisão em campo.

"Esse é o nosso golaço. A ideia é que, com o ar dos anos, os atletas possam estar cada vez mais auto-suficientes para solucionar os problemas nas quatro linhas.
"Estamos operando com 30% da nossa capacidade, queremos atender e impactar mais jogadores e clubes. Nossa missão é impulsionar o desenvolvimento tático e deixar os jogadores cada vez mais inteligentes dentro e fora do campo", completa.