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Ancelotti, do Real Madrid, lamenta tragédia na Espanha e afirma: "Ninguém queria jogar"

Carlo Ancelotti prestou apoio aos afetados pela tempestade Dana, na Espanha
Carlo Ancelotti prestou apoio aos afetados pela tempestade Dana, na EspanhaAlberto Gardin / NurPhoto / NurPhoto via AFP
O técnico Carlo Ancelotti falou sobre a falta de foco e vontade dos jogadores do Real Madrid após a tragédia da tempestade Dana, na Espanha. O italiano participou da coletiva de imprensa antes do jogo da Liga dos Campeões contra o Milan, na próxima terça-feira (5), e expressou sua solidariedade às vítimas.

"Já faz uma semana que a tragédia aconteceu e estamos tristes. Essa é a única emoção que temos. Estamos muito próximos de Valência e das pessoas afetadas. Esperamos que tudo possa se resolver em breve."

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"Quero que vocês entendam que falar de futebol neste momento é muito complicado. Jogar também é complicado, porque vivemos aqui. Por respeito a todos, tentarei manter a coletiva de imprensa o mais simples possível. Não estou realmente com vontade de falar sobre futebol", declarou o italiano.

O técnico afirmou que é difícil se preparar para os confrontos porque "a cabeça não está no trabalho". Sobre a partida da próxima terça-feira (5), Ancelotti afirmou que o time tentará vencer porque é o que tem de ser feito, mas, por ele, nem entrariam em campo.

"Ninguém queria jogar. Parecia ser a decisão certa. Mas, não somos nós que tomamos as decisões e sim quem está no topo. O poder que temos é igual a zero", declarou.

Questionado sobre a Bola de Ouro e estar vivendo "uma semana difícil" - após a derrota de Vinicius Júnior-, o técnico do Real Madrid deixou de lado a premiação e reforçou o sofrimento do clube, do jogador e do país com a tragédia.

"É uma semana difícil porque a atmosfera não está normal, mas não por causa da Bola de Ouro. A festa acabou e a atmosfera diferente é pelo que aconteceu em Valência".

O italiano reforçou o papel do futebol como ferramenta de apoio aos atingidos e disse que há muitas maneiras de ajudar. Ancelotti ainda expressou como vê o futebol como uma festa e que "quando as pessoas não estão bem, não é preciso festejar", lamentou.