Piqué respondeu durante quase duas horas, como indiciado, no Tribunal de Primeira Instância e Instrução de Majadahonda, em Madrid, pelo papel que desempenhou nas negociações entre a empresa saudita Sela e a RFEF, segundo noticia a agência EFE.
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O espanhol afirmou que não fez qualquer pagamento a Rubiales ou à RFEF, por este ou qualquer outro negócio. O ex-jogador do Barcelona se manifestou orgulhoso do acordo que levou a Supercopa para a Arábia Saudita, em que recebeu uma comissão de quatro milhões de euros (R$ 24,9 milhões) anuais.
As declarações de Piqué coincidem com as que foram ditas há cerca de um ano por Rubiales, também investigado, e com quem o ex-zagueiro afirmou não ter sequer uma relação de amizade.
Visivelmente emocionado, o espanhol explicou a comissão acordada entre a empresa Kosmos, de que é proprietário, e a Sela, com a qual estabeleceu um acordo verbal, que descreveu como um “acordo de cavalheiros”, até à do contrato.
Piqué afirmou que a empresa saudita o contratou como intermediário e efetuou, periodicamente, pagamentos - que, segundo o contrato, atingirão 40 milhões de euros (R$ 249,4 milhões) em 2029, contra 400 milhões (R$ 2,49 bilhões) da RFEF -, apresentados pela defesa do ex-jogador na quinta-feira (13).
A justiça espanhola investiga “alegadas ilegalidades” cometidas nos acordos assinados entre a RFEF e a Sela, entre os quais um “prêmio de sucesso” atribuído a “uma terceira parte”, alegadamente, a Kosmos.