"Penso que é uma crítica que tenho de aceitar. A equipe não está jogando o seu melhor e, como sempre no futebol, o técnico é o maior responsável. Dito isso, parece que estão me criticando demais. Talvez estejam cansados de mim. Não estou cansado. As críticas são aceitáveis e eu as compreendo", disse na coletiva antes do confronto com o Girona, no próximo sábado (7).
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Ancelotti também deu uma data para o retorno de Vinicius Júnior e David Alaba, que estão lesionados e afastados dos gramados desde o final de novembro e janeiro de 2024, respectivamente.
"Ver o Vinicius é uma boa notícia, ele se recuperou muito bem. Não estará pronto para amanhã (7), mas sim para a Liga dos Campeões (dia 10 contra a Atalanta). Alaba tem nos ajudado muito nos treinos, mas precisa de mais um mês. Estará de volta em janeiro. O prazo para ele é o próximo ano", afirmou.
O técnico dos merengues foi questionado sobre sua preocupação com o clube e disse que até se preocupa, "mas não é um funeral". Ancelotti defendeu que o time espanhol continua na luta em todas as competições, com otimismo apesar das lesões que tem enfrentado, e analisou a pressão que sofreu nos últimos confrontos.
"O Liverpool e o Athletic Bilbao são equipes muito corajosas. Para resolver isso, temos que ser mais diretos. Procurar a segunda bola no contra-ataque. Essa é a forma mais fácil. Bola longa e lutar pela segunda bola. É isso que podemos fazer, não forçar muito a saída de bola de trás", explicou.
"Já jogamos finais da Liga dos Campeões com esse sistema. Aprendi muito bem na Inglaterra. A bola longa é outra parte do futebol. Porque se não tivermos atacantes altos, a segunda bola, quando cai, também é importante. Os zagueiros podem ganhar a primeira, mas o importante é quando a bola cai", completou.
Kylian Mbappé tem sido criticado pelo desempenho no clube. Ancelotti não deixou de defender o jogador e dizer como o francês está em busca de evoluir e ser o que o time precisa.
"Ele está consciente, porque o post que fez depois do jogo é de um jogador que está consciente do que pode e vai fazer. Estamos com ele. Ele não está no seu melhor e está fazendo tudo ao seu alcance para melhorar o mais rápido possível", disse o técnico.
"A questão dos pênaltis, neste momento, depende da motivação. Ele tem de se agarrar ao momento. Porque o momento, mais cedo ou mais tarde, vai acabar. O que me dá uma boa sensação é que ele melhorou em termos de intensidade".
A liderança dentro de campo é constantemente questionada, e Carletto esclareceu que as mudanças com lesões e novos jogadores mexeram com a equipe.
"Falamos sobre isso no início da temporada. Os jogadores jovens tinham que assumir mais responsabilidades e, de um dia para o outro, estão fazendo isso. Pouco a pouco. Não é algo imediato, está sendo construído dia após dia. Além disso, a lesão de Carvajal nos afetou muito".
Carlo Ancelotti ainda comentou sobre a dificuldade de resolver os problemas do clube de uma forma simples, como muitos cobram. Para o técnico, é fato que não foram capazes de apresentar a melhor versão do Real, mas a boa relação entre comissão e jogadores tem um pensamento comum: "Dar o nosso melhor o mais rápido possível".