A CBF protocolou nesta segunda (5) um pedido junto à Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, para que a punição de dois jogos de Marta seja cancelada.
O gancho automático de uma partida já foi cumprida pela jogadora.
No entanto, o requerimento da CBF tem pouca chance de ser bem-sucedido, haja vista que a decisão da FIFA tende a ser soberana em torneios olímpicos e Copas do Mundo.
Briga por medalha
A medalha de ouro é uma obsessão para a Roja, atual campeã mundial. Caso consiga o título nos Jogos, só a Eurocopa ficará faltando à equipe da treinadora Montse Tomé entre os grandes torneios.
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Mas para selar o domínio mundial, as espanholas terão dois desafios: o primeiro, em Marselha, contra o Brasil, adversário que venceu na fase de grupos por 2 a 0. O segundo, caso vença a semifinal, a decisão do torneio olímpico, no próximo sábado, em Paris.
Do outro lado da chave, Estados Unidos e Alemanha, que já foram campeões olímpicos, vão decidir quem será o outro finalista, também na terça feira, em Lyon.
Revanche e redenção de Marta
"Vamos por mais. Vamos para essa semifinal de revanche contra a Espanha. Vamos com tudo que a gente vai em busca desse pódio, dessa medalha de ouro", disse a atacante Gabi Portilho, autora do gol da vitória sobre a França por 1 a 0 nas quartas de final.
Eliminar as anfitriãs, da artilheira da competição, Marie-Antoinette Katoto (5 gols), não só serviu para dar moral à Seleção, mas também garantir o retorno de Marta ao torneio.
A camisa 10 foi expulsa justamente contra a Espanha na fase de grupos e recebeu dois jogos de suspensão. Embora a CBF vá recorrer contra a decisão, o normal é que a Rainha só volte à equipe na final ou na disputa pelo bronze.
Brasileiras e espanholas terão que ficar de olho no que acontece em Lyon, onde haverá outro confronto com clima de revanche.
Estados Unidos e Alemanha, campeã olímpica nos Jogos da Rio 2016, se reencontram depois da goleada das americanas por 4 a 1 na segunda rodada do Grupo B.
Única seleção com 100% de aproveitamento (quatro vitórias seguidas), o Team USA parece navegar em águas tranquilas desde a chegada da treinadora britânica Emma Hayes.
Hayes, que chegou com a missão de reestruturar a equipe depois da decepção na Copa do Mundo de 2023, a ex-treinadora do Chelsea contou com aliadas como as atacantes Trinity Rodman e Mallory Swanson, autoras de seis dos dez gols dos Estados Unidos na competição.
Trinity, filha do lendário ex-jogador de basquete Dennis Rodman, fez o gol da vitória sobre o Japão por 1 a 0 nas quartas de final.
Já a Alemanha de Alexandra Popp e Lea Schüller chegou à semifinal depois de ar pelo Canadá nos pênaltis (4x2, após empate em 0 a 0).