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Racing x Cruzeiro: promessa de paixão e bom futebol na final da Sul-Americana

Cruzeiro pode terminar temporada oscilante com título continental
Cruzeiro pode terminar temporada oscilante com título continentalGustavo Aleixo/Cruzeiro
Com jogadores em estado de graça, técnicos hierarquizados e uma voracidade incomum para conquistar um título internacional que apague as angústias do ado, Racing-ARG e Cruzeiro definirão neste sábado (23), em Assunção, a Copa Sul-Americana de 2024, a partir das 17h (horário de Brasília).

O Racing, campeão da Libertadores em 1967, volta a disputar uma final continental 32 anos depois de perder a Supercopa. Seu adversário é o mesmo Cruzeiro que os separou do primeiro título da Sul-Americana e que venceu a Libertadores em 1976 e 1997.

Confira a tabela completa da Sul-Americana

Glórias adas que dois dos gigantes da América Latina precisam renovar.

Pura paixão

Na capital paraguaia e acompanhados em detalhes de Avellaneda e Belo Horizonte, os dois finalistas tentarão impor sua lei.

A consistência do Racing no caminho até a final, incluindo uma vitória sobre o gigante Corinthians nas semifinais, e a resiliência de um Cruzeiro que levou a melhor na semifinal contra o Lanús, da Argentina, garantirão um resultado digno do torneio.

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Dois técnicos experientes se enfrentam no banco de reservas. Fernando Diniz, 50 anos, está tentando se tornar apenas o terceiro técnico a vencer a Libertadores e a Sul-Americana, atrás de Tite e Marcelo Gallardo, e apenas o segundo a fazer isso em duas temporadas consecutivas, depois de conquistar o título continental no ano ado com o Fluminense na final contra o Boca Juniors. El Muñeco foi campeão com o River em 2015 e 2016.

A poucos dias da final contra o Racing, Diniz reconhece que há “um pouco de ansiedade por parte de todos”.

Estamos “conscientes do que temos de fazer para ganhar o jogo. Eles são um adversário difícil, como todos os times argentinos (...) equipes muito fortes e um povo muito apaixonado por futebol”, disse o técnico da Raposa à DSports.

A final da Sul-Americana começa a fechar um ano de altos e baixos para o treinador que tocou o céu com o Flu antes de chegar ao inferno, deixando o time lutando para evitar o rebaixamento e perdendo o cargo de técnico da Seleção Brasileira devido aos maus resultados.

A Sul-Americana é uma nova chance de redenção para o “Guardiola brasileiro”, como foi apelidado o técnico que adora a condução de bola e o jogo ofensivo.

Comandante experiente

O tático desafiador é Gustavo Costas, um veterano de mil batalhas com sangue albiceleste correndo em suas veias. Ex-jogador e ex-técnico da La Academia, Costas está tentando conquistar o título novamente, desta vez como técnico de sua alma mater.

Em 1988, ele conquistou o título com o Racing contra o mesmo Cruzeiro, dessa vez na Supercopa Sul-Americana.

“Faz muito tempo que o Racing não ganha um título internacional e é isso que estamos buscando. Nós merecemos, chegou a hora”, disse Costas ao DSports em Assunção.

“Sou como qualquer outro torcedor”, confessou o técnico, que está a apenas um o de dar aos seus eufóricos torcedores o tão esperado título.

Prontos para fazer a diferença

Além das estratégias, serão os jogadores que definirão o título, e em ambas as equipes há atletas que estão ando por um bom momento individual.

Talvez o caso mais marcante seja o do colombiano Juan Fernando Quintero. Autor dos dois gols na partida contra o Corinthians pelas eliminatórias, o Cafetero chega fortalecido depois de ter sofrido vários tropeços em sua carreira.

Sua cobrança de falta se transformou em gol para a Colômbia contra o Uruguai, há uma semana, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, e seu faro está intacto antes da final.

“(Quintero) é um jogador diferente, ele é diferente. Embora ele corra mais agora do que quando estava no River, eu não quero que ele corra”, disse Costas à ESPN ao definir Juanfer.

Outro ponto alto da Academia é o atacante Adrián Martinez, que na véspera da partida contra o Cruzeiro disse: “É o jogo mais importante da minha carreira”.

No Cruzeiro, as garantias começam no gol. O veterano Cássio, gladiador de mil batalhas com o Corinthians, terá parte do destino de sua equipe em suas mãos.

No entanto, a Raposa também tem um time forte no ataque. Matheus Henrique, Matheus Pereira e Kaio Jorge serão um osso duro de roer para a defesa do Racing, que esteve bem em boa parte do torneio.

O duelo será disputado a partir das 17h (horário de Brasília) e terá arbitragem do uruguaio Esteban Ostojich.