Depois de 15 anos sem chegar a uma final continental, o Cruzeiro não conseguiu o esperado título internacional e segue em jejum desde 1998. A equipe mineira também perdeu a oportunidade de conquistar a taça sul-americana que falta para o clube. O Cabuloso é o oitavo time brasileiro a perder uma decisão de Copa Sul-Americana.
Veja a tabela completa da Copa Sul-Americana 2024
Sem vaga garantida na Libertadores, o Cruzeiro agora se concentra na briga por G7 nas rodadas finais do Brasileirão. A equipe de Fernando Diniz hoje ocupa a 7ª colocação, seguida de perto pelo Bahia, atrás por um ponto. Na próxima rodada, na quarta-feira (27), os mineiros recebem o Grêmio em Belo Horizonte.
O Racing encerrou uma seca de títulos internacionais que já durava 36 anos e completou o ciclo de reconstrução após a falência no final do último século. A equipe de Avellaneda também entrou para o clube seleto de times que já venceram a Libertadores e a Sul-Americana - são 8 que possuem as duas maiores glórias do continente. Além da taça, a Academia está na fase de grupos da Libertadores em 2025.

Racing atropela no 1º tempo
Os primeiros minutos de jogo foram de pesadelo para o torcedor cruzeirense. Diante de um Racing muito agressivo na marcação alta, o Cruzeiro não conseguia ter uma saída de bola com qualidade e, ao mesmo tempo, sofria muito com as bolas nas costas de sua linha de defesa. O combo altamente destrutivo gerou gol para os argentinos antes dos 5 minutos, mas ele foi anulado por impedimento.

A anulação deu a oportunidade para o Cruzeiro se ajustar, mas isso não aconteceu. O Racing seguiu dono da partida e acabou abrindo o placar em tentativa de cruzamento. Gastón Martirena jogou a bola na área e ela tomou o rumo do gol. Cássio se enrolou e acabou assistindo a rede estufar.
Muito superior, o Racing recuperava a posse com facilidade e superava a zaga brasileira com ainda mais naturalidade. Foi em descida rápida que saiu o segundo da Academia, ainda antes dos 20 minutos. Maximiliano Salas recebeu pela ponta esquerda e cruzou rasteiro para a área. Adrián Martínez ganhou da defesa e tocou para o gol praticamente vazio.

O Cruzeiro só conseguiu colocar a bola no chão e trabalhar quando já estava 2 a 0. O time mineiro ainda conseguiu criar antes do intervalo, mas chutou por cima com Kaio Jorge e parou no goleiro com Lucas Villalba.
Cruzeiro reage, mas fica no quase
O segundo tempo trouxe finalmente o meio-campo do Cruzeiro para o jogo e as coisas melhoraram para o time brasileiro. Em bela jogada construída por Matheus Henrique e Matheus Pereira, o gol saiu. O primeiro encontrou Kaio Jorge em cruzamento e ele finalizou duas vezes para diminuir o placar. No lance seguinte, o camisa 10 da Raposa arriscou de fora da área e quase deixou tudo igual.

Depois de uma pressão inicial forte dos mineiros, o Racing foi tentando esfriar a partida e, de certo modo, conseguiu. Não houve mais uma finalização de grande perigo do Cruzeiro e só restou ao time de Fernando Diniz o abafa final. Com o time todo no campo de ataque, a Raposa sofreu o terceiro no lance final com Roger Martínez.