O Botafogo busca o título inédito no próximo sábado (30), às 17h, contra o Atlético-MG, no Monumental de Núñez.
Saiba tudo sobre a final da Libertadores
O time de Artur Jorge disputou 16 jogos para chegar à final da Libertadores, com 7 vitórias, 6 empates e 3 derrotas. Foram 28 gols marcados e 16 sofridos. O artilheiro é Júnior Santos, com 9 gols — também lidera a lista geral de goleadores do torneio.
Para esquentar o clima antes da decisão, o Flashscore relembra em detalhes a campanha do Botafogo na Libertadores. Confira abaixo.
Fases preliminares: troca de técnico e Júnior Santos iluminado
• Botafogo 2x1 Red Bull Bragantino
• Red Bull Bragantino 1x1 Botafogo
A derrocada na reta final do Brasileirão 2023 obrigou o Botafogo a disputar as fases prévias da Libertadores 2024. Com tudo que já aconteceu neste ano, fica até difícil lembrar que o time estreou no torneio sob o comando de Tiago Nunes, em 20 de fevereiro. O adversário era o fraco Aurora, na Bolívia, pela 2ª fase.

O técnico foi demitido após o Botafogo ceder o empate em 1 a 1 no fim do jogo. Coube ao auxiliar Fábio Matias a missão de levar a equipe até a fase de grupos. Para isso, contou com um desempenho espetacular de Júnior Santos, que marcou oito dos 10 gols alvinegros nos quatro jogos das fases preliminares.

Júnior brilhou especialmente no massacre por 6 a 0 sobre o Aurora, com quatro gols, e na vitória por 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, ambas em casa. Os dois golaços contra o Massa Bruta encaminharam a vaga na fase de grupos e tornaram Júnior Santos o maior artilheiro da história do Botafogo na Libertadores.
Fase de grupos: susto e reação
• Botafogo 1x3 Junior Barranquilla
• Junior Barranquilla 0x0 Botafogo
Começar o Grupo D com duas derrotas foi um banho de água gelada nas pretensões alvinegros. A 2ª rodada, contra a LDU na altitude, marcou a estreia do técnico Artur Jorge. O português arrumou a casa, o Botafogo emendeu três vitórias seguidas e avançou às oitavas de final como 2º colocado, com 10 pontos.
No jogo-chave para a classificação, voltou a brilhar a estrela de Júnior Santos. Diante da LDU, no Nilton Santos, o atacante fez o gol que garantiu a vitória por 2 a 1 e tirou o Botafogo do sufoco na chave.
Grande estrela da equipe em 2024, Luiz Henrique começou a engrenar na fase de grupos. Após chegar como reforço mais caro da história do futebol brasileiro e oscilar no começo, o atacante deu mostras de seu talento nas vitórias em casa sobre Universitario e LDU. Mas o melhor estava por vir.

Oitavas de final: vingança com desfecho dramático
O sorteio do mata-mata não aliviou para o Botafogo. Logo de cara veio o Palmeiras, algoz no Brasileirão, entalado na garganta após a traumática derrota por 4 a 3 no Nilton Santos. Como trunfo, o Alvinegro tinha os reforços do segundo semestre, com destaque para Thiago Almada e Igor Jesus.
O trauma ficou para trás, mas não sem uma dose absurda e inesperada de sofrimento. Após vencer a ida por 2 a 1, em casa, o Bota abriu 2 a 0 no Allianz Parque e tinha a vantagem até o fim do segundo tempo.
O Palmeiras buscou o empate em cinco minutos e teve um gol anulado nos acréscimos, de Gustavo Gómez. O filme de 2023 ou na cabeça e deixou alguns alvinegros entre a vida e a morte. Ainda assim, serviu para espantar o fantasma de vez e confirmar a candidatura do Botafogo ao título.

Quartas de final: classificação épica nos pênaltis
• São Paulo 1 (4) x (5) 1 Botafogo
O chaveamento colocou mais um brasileiro no caminho do Botafogo nas quartas, o São Paulo, e novamente decidindo fora de casa. Apesar da enorme superioridade na ida, no Nilton Santos, o Glorioso perdeu várias chances e ficou no 0 a 0.

A noite de 25 de setembro no Morumbis foi uma das mais dramáticas — e especiais — para o torcedor alvinegro em 2024. Depois de Thiago Almada abrir o placar e o Bota controlar o primeiro tempo, Lucas Moura perdeu um pênalti para o São Paulo antes do intervalo.
O Tricolor pressionou na etapa final e empatou perto do fim, com Calleri, levando a decisão para os pênaltis. John teve seu momento de herói, defendeu a cobrança de Rodrigo Nestor e colocou o Botafogo na semi da Libertadores pela primeira vez em mais de 50 anos.

Semifinal: goleada histórica e vaga inédita
Os jogadores mantinham os pés no chão, mas todos sabiam que o Botafogo era muito superior ao Peñarol. O time confirmou o favoritismo dentro de campo e deu uma aula de futebol no Nilton Santos: 5 a 0, fora o baile. Foi a segunda maior goleada em um jogo de semifinal na história da Libertadores.
Como todo botafoguense é cauteloso por natureza, poucos queriam dar a situação como resolvida. E a volta no Centenario de Montevidéu até teve certa dose de tensão, com derrota por 3 a 1 e expulsões, mas ou longe de ameaçar a vaga inédita do Botafogo na final da Libertadores.
