“Acima de tudo, um grande orgulho pessoal por receber essa homenagem na minha cidade. É muito especial e tem um valor sentimental ter esse reconhecimento sobre o que foi feito no Brasil, onde fizemos um bom trabalho em pouco tempo com um valor ainda maior pelas dificuldades, pela competitividade do Campeonato Brasileiro e da própria Copa Libertadores", declarou Artur Jorge.
Com 31 vitórias, 15 empates e nove derrotas em 55 jogos no comando do Botafogo, Artur Jorge foi indicado, na última quarta-feira (25), ao prêmio de melhor técnico da América pelo jornal uruguaio El País. Se vencer, o português será o segundo europeu eleito melhor do continente. Antes dele, só Abel Ferreira, no bicampeonato da Libertadores com o Palmeiras em 2021, venceu.
“É muito importante também, tendo em conta o que ganhei. Conquistei o prêmio de melhor treinador do Brasileirão este ano, mas como foi entregue no meio da festa do campeonato, talvez tenha ado um pouco despercebido. Vamos ver se agora será mais um momento bom para mim".
"Digo sempre que o mais importante é o que conseguimos coletivamente e aonde conseguimos levar o Botafogo. Não só a conquista de um título inédito como a Copa Libertadores, mas também voltar, 30 anos depois, a ganhar um Campeonato Brasileiro“, afirmou o português.
Futuro a definir
A permanência de Artur Jorge no comando do Botafogo ainda é uma incógnita depois de alguns comentários inconclusivos que o técnico deu à imprensa brasileira e, agora, à portuguesa.
“Virá 2025 e nós vamos continuar sendo uma equipe, inseridos em um projeto de vencedores. Tenho contrato com o Botafogo até dezembro de 2025, portanto é isso que posso dizer hoje... O mercado ditará se assim será ou não para começarmos uma nova temporada”, disse.
No entanto, o português ressaltou que, apesar de sonhar em treinar um grande clube de Portugal, não pretende voltar para o país tão cedo.
"ou a ser um objetivo para mim ter a possibilidade de treinar o Porto, o Benfica ou o Sporting. Mas retornar para Portugal não é a minha intenção neste momento. Nesta altura, estou e fui muito feliz onde estive. Há outras possibilidades e propostas que podem fazer algum sentido, mas agora é tudo muito prematuro falarmos sobre o futuro”, concluiu.
Prêmio em casa
Na cerimônia realizada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pela Câmara Municipal local, na quinta-feira (26), o português recebeu o troféu das mãos do presidente da Federação, Fernando Gomes. Ex-técnico do Braga, Artur Jorge não deixou de agradecer e reforçar a importância de receber um prêmio como o Quinas de Ouro em casa, onde se formou como jogador e treinador.
“O reconhecimento da FPF me deixa orgulhosamente feliz, é uma casa que sentimos como sendo nossa. Tive a oportunidade de ar por lá enquanto jogador até o sub-21. Toda a minha formação depois, como técnico, foi istrada pela federação", lembrou Artur Jorge.
"É muito gratificante o que me é atribuído hoje, para além do reconhecimento da cidade, do país, da instituição máxima de futebol. Não podia estar mais feliz, não podia querer mais do que isto. Portanto, um momento muito, muito especial para mim para poder fechar um ano de 2024 que é histórico”, afirmou.