O pedido foi feito nesta quarta-feira (7), uma vez que o dirigente aponta que houve falsidade na de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, ex-presidente da CBF e membro do conselho de istração da Confederação.
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Por meio da solicitação, Sarney pleiteia, portanto, o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues de suas atribuições como presidente da CBF, já que existiriam provas robustas de que o documento seria juridicamente inválido.
Na solicitação feita ao STF, Sarney quer ainda que o processo judicial interrompido seja retomado, além do envio do caso ao Ministério Público, para apuração dos "graves fatos".
O sobrenome Sarney não é por acaso. Filho do ex-presidente da República José Sarney, Fernando é um dirigente bastante influente dentro da CBF, além de ser membro do Conselho da FIFA. Ele teria, de acordo com portal Léo Dias, rompido com Ednaldo Rodrigues, isolando o atual mandatário e aumentando o desgaste nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol.
Ednaldo está no comando da CBF desde 2021, quando substituiu Rogério Caboclo, afastado pela Comissão de Ética da confederação. Em seu primeiro mandato, Ednaldo enfrentou muitos questionamentos, sobretudo pela gestão da Seleção Brasileira masculina. Além de não ter conquistado títulos no período, o Brasil ou por grande instabilidade no comando técnico desde a Copa do Mundo de 2022.
A novela Ednaldo
Em 2018, o Ministério Público questionou os critérios da eleição da CBF, que definiu pesos diferentes para os eleitores (clubes e federações estaduais).
As federações ganharam peso 3, os times da Série A peso 2 e os da Série B, peso 1. Para o MP, essa decisão, realizada durante assembleia em março de 2017, quando Marco Polo Del Nero era o presidente, fere a Lei Pelé, uma vez que os clubes não foram convocados para o debate.
Foi sob essas regras eleitorais, contestadas pelo Ministério Público, que Rogério Caboclo foi eleito, em 2018, para um mandato que iria de abril de 2019 a abril de 2023. Em julho de 2021, Ednaldo foi eleito de forma interina, quando Caboclo se afastou da presidência após denúncias de assédio sexual.
Ednaldo assumiu a presidência da CBF, de forma definitiva, em março de 2022, via Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro.
Mas o TAC foi considerado ilegal, pelo fato do MP não ter legitimidade para interferir nos assuntos da CBF, uma entidade privada. Em dezembro de 2023, Ednaldo Rodrigues foi destituído do seu cargo por determinação da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
No início do ano ado, todavia, Gilmar Mendes, ministro do STF, concedeu liminar para o retorno de Ednaldo ao cargo, já que via "evidente perigo de dano" à Seleção Brasileira, que corria o risco de ser vetada da participação no Pré-Olímpico da Venezuela, além de um eventual comprometimento de presença nos Jogos Olímpicos de Paris.
Desde então, Ednaldo segue em sua função de gestor do futebol nacional. Na próxima semana, ele participará do Congresso da FIFA no Paraguai.