A zagueira central jogou pela primeira vez na equipe principal dos EUA no ano ado e rapidamente se adaptou para conquistar um lugar na equipe de Vlatko Andonovski (43) para a Copa do Mundo.
"Ela está ando as bolas pelo meio do campo, pulando, contornando as meio-campistas, jogando-as nos pés das atacantes", disse Carli Lloyd (40), duas vezes campeã mundial e hoje aposentada, à Reuters.
"Ela está jogando muito à frente do seu tempo para a pouca experiência que tem. É realmente impressionante", acrescentou Lloyd, que agora é analista da Fox Sports.
Girma superou problemas em sua jornada, forçada a se retirar devido a uma lesão após sua primeira convocação para o time principal em 2019 e sofrendo um sério problema no joelho em 2020.
"Para mim, a sensação é de que muito trabalho duro está se concretizando", disse ela à Reuters.
"Houve muito trabalho nos bastidores, porque eu me lesionei e não joguei. Foi muito gratificante e recompensador sentir que estava valendo a pena e me colocando em uma posição melhor."
Girma será crucial para os EUA depois que a veterana Becky Sauerbrunn (38), base de longa data da defesa, anunciou na semana ada que perderia a Copa do Mundo devido a uma lesão.
Elogios
"O potencial dela é um dos mais altos que já vi em muito tempo", disse Briana Scurry, a goleira da equipe vencedora da Copa do Mundo de 1999 dos Estados Unidos.
Scurry, apresentadora do podcast Counterattack, disse à Reuters que é Girma melhorou consideravelmente e acredita que a graduada em Stanford será a futura capitã da equipe.
"Ela consegue ler a jogada muito bem e sabe onde deve estar com antecedência. E isso não é algo que uma jogadora mais jovem normalmente possui", disse a duas vezes medalhista de ouro olímpico.
"Eu não ficaria surpresa se ela fosse capitã em algum momento."
Origem
Girma também tem plena consciência de seu potencial para inspirar a próxima geração, pois é filha de imigrantes etíopes cujo pai lhe incutiu a paixão pelo esporte e iniciou um programa de futebol local onde ela e seu irmão podiam jogar.
"Quando eu era mais jovem, ver alguém que tinha uma formação semelhante à minha, que se parecia comigo, em qualquer posição de destaque - nem precisava ser específica do futebol - competindo em alto nível era sempre muito inspirador", disse ela.
"Espero que as crianças me vejam e sintam a mesma sensação e o mesmo entusiasmo."