"Hoje, não faltam provas: trabalhadores migrantes explorados e vítimas de racismo, ativistas condenados a décadas de prisão por se expressarem pacificamente, mulheres e pessoas LGBTQIA+ que enfrentam discriminação legalizada, ou até residentes expulsos à força para dar lugar a projetos estatais", informa o comunicado de imprensa.
A Anistia Internacional (AI), a Human Rights Watch (HRW) e a Confederação Sindical Internacional (Ituc), são algumas das signatárias, além de associações representativas de torcedores, como a Sport and Rights Alliance e a Football ers Europe (FSE).
As entidades acusam a FIFA de ignorar os inúmeros avisos feitos para os riscos do evento para os "residentes, trabalhadores, migrantes e torcedores visitantes" desde que a candidatura saudita foi anunciada no ano ado.
"Sem ações urgentes e reformas abrangentes, o Mundial de 2034 será manchado pela repressão, discriminação e exploração em grande escala", destacaram.
Desde a introdução de obrigações relacionadas aos direitos humanos, em 2017, a FIFA reconhece "que é responsável por prevenir e mitigar violações e abusos de direitos humanos ligados às suas atividades", bem como por "remediá-los", se necessário, lembraram os signatários no texto comum.
A Anistia Internacional apelou, em 11 de novembro de 2024, que a FIFA devia suspender o processo de candidatura à Copa do Mundo de 2034, e também exigiu uma estratégia em matéria de direitos humanos para o Mundial 2030, organizado em conjunto entre Marrocos, Portugal e Espanha.