Pela primeira vez, a "Orelhuda" vai para o Parque dos Príncipes, mantendo a tradição que Munique possui. Cinco finais na cidade alemã. Cinco campeões inéditos. Um título de vários rostos.
Veja como foi PSG 5 x 0 Inter de Milão
Uma conquista que mescla jogadores com experiência, como o capitão Marquinhos, apenas o segundo brasileiro em toda história a levantar uma taça de Champions League (o outro foi Marcelo, pelo Real Madrid), e a juventude de Doué e Mayulu, ambos com 19 anos — o presente e o futuro do PSG —, autores de gols em uma final de Champions League.
Hakimi abre o caminho
No primeiro tempo, em um espaço de oito minutos, a defesa bem postada da Inter de Milão de Inzaghi ruiu. Começou com a aplicação da famosa Lei do Ex. Toque para lá, toque para cá, Doué com a bola e o e preciso para Hakimi, fechando na área como centroavante, abrir o placar aos 12 minutos.
Na comemoração, o marroquino, em respeito à sua antiga equipe, não celebrou. Mas o jovem francês de apenas 19 anos o fez por Hakimi. E ele ainda faria muito mais.

O cartão de visitas de Doué
O que você estava fazendo com 19 anos de idade? Doué estava decidindo uma Champions para uma torcida sedenta por esta conquista. Muitos astros do mais alto quilate vestiram a camisa da equipe sa. Estamos falando de Mbappé, Neymar e Messi. Mas os deuses do futebol queriam que outros personagens fossem os responsáveis pela glória máxima.
Se o mundo precisava conhecer Doué, que belíssimo cartão de visitas. Aos 20 minutos, ele recebeu de Dembélé na ponta direita e contou com um desvio na finalização para matar o ótimo goleiro Sommer.

O rolo compressor do PSG continuou na etapa final. Aos 18 minutos, Vitinha partiu em velocidade pelo meio-campo, pegando a defesa da Inter de Milão em maus lençóis. O e em profundidade para Doué terminou de matar os italianos. Prevaleceu o talento do garoto, que chutou firme, para fazer o terceiro da equipe parisiense e o seu segundo na partida.

Foi só correr para o abraço
Kvaratskhelia chegou ao PSG em janeiro. E sua presença foi uma adição perfeita a um time já muito bem encaixado. Ele não poderia ficar de fora da festa de gols na final da Champions. Desdobrando-se dos dois lados do campo, quando a chance surgiu, ele guardou.
Que visão de jogo de Dembélé. Um e com veneno, enxergando a agem do georgiano no ponto futuro. Cara a cara com Sommer, o ex-Napoli não titubeou. Era o quarto de um PSG imparável.

Ainda haveria tempo para Mayulu, mais um jovem da base do PSG, fechar o caixão da Inter de Inzaghi. Barcolà, que já havia desperdiçado um gol inacreditável, encontrou o jovem talento e aí tudo ficou simples, tudo ficou fácil. A terra prometida abriu-se para o PSG e foi só correr para o abraço. E que abraço. O sonho virou realidade.
