O contextou ganhou força nos últimos dias quando Neymar, Thiago Silva e outra referências do futebol brasileiro se manifestaram contra os gramados sintéticos, deixando claro que preferem atuar em campos de grama natural.
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O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, enalteceu o movimento dos jogadores e deu sua opinião, garantindo preferir os campos naturais, situação que foi acompanhada pelo técnico do Flamengo.
Para Filipe Luís, o cenário ideal é que todos os jogos aconteçam em gramados naturais, situação que tem perdido força no futebol brasileiro com clubes adotando o piso sintético, caso de Botafogo, Athletico-PR e Atlético-MG.
Para isso, um processo é fundamental: regularização. "O que a gente precisa é regulamentar e fazer um alto investimento no gramado, aí sim vai ficar bom pra todo mundo. Na Espanha, eu peguei gramados ruins, até chegar um presidente da LaLiga e obrigar todo mundo a colocar um gramado bom. Os clubes precisaram se virar, correndo o risco de serem multados", afirmou.
os lentos
O ex-lateral reclamou das várias desculpas que permeiam o futebol brasileiro e impedem o cenário nacional de evoluir, perdendo espaço na hora de vender tal produto para fora do país. "Tem que ter multa se o gramado não for bom. Tem que ser uma exigência. O que eu mais vejo no Brasil são desculpas, pelo clima e outras coisas.
"Na Arábia, faz um calor de 50 graus e o gramado é um tapete. É investimento. O que eu vejo também é que tem muita gente que fala, mas poucas pessoas têm coragem de bater de frente e fazer acontecer. O Brasil cresce a os lentos porque falta gente que tome essas decisões", criticou.
Filipe, que treinou a base do Flamengo, também lembrou da situação crítica de muitos gramados onde acontecem os jogos de times sub-17 e sub-20. "Não adianta elaborar um plano de jogo para atuar em um gramado onde a bola não anda. Neste cenário, é melhor jogar no sintético mesmo", cravou.