Em nota oficial, a CBF apontou que Cleiton Tim pode ser banido de suas atribuições no futebol brasileiro caso seja considerado culpado. A entidade solicitou às autoridades uma rigorosa investigação do caso.
Confira a tabela do Brasileirão Feminino no Flashscore
As jogadoras do América-MG registraram um boletim de ocorrência contra o assistente e o caso foi encaminhado à Delegacia da Mulher da cidade de Bento Gonçalves, palco da partida desse sábado.
O clube mineiro pronunciou-se sobre o episódio, apontando que, "antes do início da partida, através do rádio comunicador, entre seus pares de profissão, o profissional proferiu palavras e piadas de cunho sexual, se referindo às nossas atletas, em um comportamento absolutamente inaceitável e que configura grave ofensa".
O América-MG quer que o assistente seja punido e colocou-se à disposição da CBF para colaborar nas investigações. A equipe de arbitragem registrou o caso na súmula, bem como a abordagem das forças de segurança da cidade gaúcha.
"Após o término da partida, a equipe de arbitragem foi abordada pelos policiais que faziam a segurança do jogo, e os mesmos relataram que uma atleta da equipe do América-MG SAF, queria registrar um boletim de ocorrência contra um dos membros da equipe. A equipe de arbitragem acompanhou os policiais até a delegacia de Polícia da cidade do jogo (Bento Gonçalves) para prestar esclarecimentos. Foi feito um registro policial. Foi solicitado via delegacia o relato da ocorrência da outra parte interessada e o escrivão de plantão informou que o mesmo não pode ser fornecido no presente momento".
A partida entre Juventude e América-MG terminou empatada em 1 a 1. O Coelho volta a campo na próxima quarta-feira (26), quando recebe o Palmeiras, às 16h.
Veja abaixo a nota oficial da CBF:
A Comissão de Arbitragem da CBF informa o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Tim, da Federação Gaúcha de Futebol, até o final da apuração da denúncia de assédio feita por atletas do América-MG na partida contra o Juventude, pela primeira rodada do Brasileirão Feminino A1.
Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A CBF irá solicitar também ao STJD e às autoridades policiais uma investigação rigorosa do caso. A CBF reafirma seu compromisso no combate ao assédio e também contra todo tipo de preconceito no futebol.