"Assumo o compromisso de promover, entre outras medidas, a reorganização dos campeonatos estaduais para um calendário de no máximo 11 datas, sem comprometimento da qualidade e da sustentabilidade financeira dessas competições", afirmou Xaud em seu primeiro discurso como presidente.
"Já estamos conversando com os presidentes (das federações estaduais) sobre as datas. Não acredito que teremos problemas. Os estaduais agora terão de se adequar às normas da CBF", garantiu o novo mandatário da CBF em entrevista coletiva.
A redução daria um alívio aos principais clubes do país e aos jogadores no início da temporada. Em 2025, os estaduais de maior relevância começaram em 11 de janeiro e terminaram em 27 de março, com 16 datas.
Como o Brasileirão deste ano só acaba em 21 de dezembro, o tempo de férias seria muito curto em caso de manutenção do calendário. Vários clubes da Série A iniciaram esta temporada com elencos alternativos para dar um período maior de descanso aos atletas principais.

"Que fique claro: essa reorganização do calendário é necessária, mas não significa uma desvalorização dos campeonatos estaduais. Entendemos que são os estaduais que movimentam economias locais, mantêm viva a tradição de futebol nos quatro cantos do país e fortalecem o sentimento de pertencimento entre torcedores e seus times do coração", ponderou Samir Xaud.
"Eles são, em muitos casos, a única oportunidade de visibilidade para centenas de atletas, técnicos e profissionais do esporte. Nossa ideia é que essa reorganização do calendário seja acompanhada de outras medidas de valorização dos campeonatos estaduais. Valorizar os estaduais é valorizar o futebol como um todo", completou.
Xaud foi o candidato único na eleição deste domingo na CBF. O pleito teve o boicote de 20 dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão, além da Federação Paulista (FPF).
