No novo documento enviado ao STF, o advogado de Ednaldo Rodrigues atribui a desistência ao "profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e, sobretudo, a serenidade de sua própria vida familiar, que tem sido abalada por equívocos públicos, interpretações distorcidas e insinuações injustas, maledicentes e criminosas".
"(Ednaldo) Declara que, em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, não estar concorrendo a qualquer cargo ou apoiando qualquer candidato, desejando sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro", completou.

A desistência de Ednaldo deixa o caminho livre para Samir Xaud assumir a presidência da CBF. O mandatário da Federação Roraimense (FRF) será o candidato único na eleição do próximo domingo (25), convocada pelo interventor Fernando Sarney.
Xaud tem apoio de 25 das 27 federações estaduais e de 10 dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão. O presidente da Federação Paulista (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, conta com 30 clubes ao seu lado, mas não pode inscrever sua chapa porque precisaria ter apoio de ao menos oito federações estaduais.

Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF na última quinta-feira (15). O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do TJ-RJ, tomou a decisão com base em uma suposta falsificação da de Coronel Nunes no acordo de janeiro de 2025 que legitimou a primeira eleição de Ednaldo na CBF, em 2022.
Ednaldo recorreu a Gilmar Mendes para suspender a destituição, mas o ministro do STF rejeitou o pedido. Gilmar havia reconduzido Ednaldo à presidência da CBF em janeiro de 2024, um mês após o próprio TJ-RJ afastar o dirigente.