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Ex-segurança de Maradona é detido por falso testemunho em audiência

Julio Coria saiu algemado e sob escolta policial
Julio Coria saiu algemado e sob escolta policialTomas CUESTA / AFP
O ex-segurança de Diego Maradona, Julio Coria, foi detido nesta quarta-feira (26) por prestar falso testemunho no julgamento dos sete profissionais de saúde acusados de homicídio doloso na morte do ex-jogador argentino, em Buenos Aires.

De acordo com a agência AFP, os juízes notaram como “relevantes as referências feitas pelo promotor sobre o crime de perjúrio” e ordenaram que Coria saísse algemado e com escolta policial da audiência no tribunal de San Isidro.

A promotoria interrompeu o depoimento do segurança várias vezes e solicitou que a testemunha fosse retirada, apontando “contradições e omissões” na versão, que justificaram o pedido de prisão pelo crime de perjúrio, cuja pena pode chegar a 10 anos.

Coria disse que não falou com Leopoldo Luque, neurocirurgião e médico pessoal de Maradona, mas a justiça expôs mensagens trocadas entre ambos antes e depois do dia da morte do ex-jogador, das quais o segurança disse não se lembrar.

Com o argumento de que a testemunha era “manifestamente mentirosa”, a promotoria pediu a detenção de Coria, que estava presente no dia em que Diego Maradona morreu e fez a respiração boca a boca no ídolo argentino até a chegada dos médicos.

Outros detalhes do julgamento

Sete profissionais de saúde são julgados por negligência na morte de Maradona, em 25 de novembro de 2020, e podem ter pena de prisão de oito a 25 anos. O julgamento começou em 11 de março e deve durar até julho, com duas audiências por semana e quase 120 testemunhas esperadas.

Os réus negam responsabilidades pela morte do campeão mundial da Argentina de 1986.

Ex-jogador do Boca Juniors, Barcelona, Napoli, entre outros clubes, Diego Maradona morreu aos 60 anos, vítima de uma crise cardiorrespiratória, em uma cama médica, em casa, no norte de Buenos Aires. O argentino se recuperava de uma neurocirurgia.