"A nossa experiência na organização de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com certeza, nos ajuda. Mas também queremos aprender com todas as nações das Américas, ouvir sugestões e partilhar conhecimentos. Dessa maneira, organizaremos Jogos grandiosos não só para os cariocas, para o povo brasileiro, mas também para todos no continente", afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Segundo o documento, as cidades vão investir em intercâmbios e formação técnica de pessoas entre os países do continente, uma parceria entre o Comitê Rio-2031, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (B), as Confederações esportivas brasileiras, e os comitês nacionais das Américas.
Sociedade beneficiada
O projeto de capacitação e revelação de atletas, que já atende mais de seis mil alunos em 12 escolas das Vilas Olímpicas e dos Ginásios Educacionais Olímpicos, será ampliado.
"Teremos um legado de infraestrutura urbana, esporte e mobilidade que vai ultraar as cidades-sede e se estender para toda a região metropolitana. Antes mesmo do Pan-Americano, lançaremos o Time Rio-Niterói, um programa de apoio aos atletas que tem o apoio do COB e engloba todo o Estado. Além disso, vamos fazer cinco ginásios educacionais olímpicos em Niterói", disse o prefeito Rodrigo Neves.
A vice-prefeita de Niterói, Isabel Swan, destacou a importância de grandes eventos esportivos para as duas cidades. Ex-atleta de alto rendimento, Swan foi a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica na vela (bronze em Pequim-2008) ao lado de Fernanda Oliveira, atual presidente da Comissão de Atletas da Panam Sports.
"Estamos muito confiantes com a candidatura Rio-Niterói. O esporte faz parte da nossa vida e é fundamental para formar cidadãos. Ser a sede de um evento como os Jogos Pan-Americanos traz investimentos e deixa um legado que oferece não só estrutura para quem já é atleta, mas estimula as gerações futuras", disse a vice-prefeita.
Investimento reduzido
Com a reutilização da infraestrutura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 e os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2007, a candidatura Rio-Niterói 2031 otimizou investimentos. São previstos cerca de R$ 3,8 bilhões no dossiê, com grande parcela via iniciativa privada.

"Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 nos deram a fórmula para organizar um grande evento: nenhum desperdício de recurso público, muita parceria com a iniciativa privada para investimentos, instalações esportivas eficientes e o maior número de legados possível. E o nosso projeto de candidatura segue à risca essa receita", destacou o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder.
Campanha pela sede
A candidatura Rio-Niterói 2031 foi confirmada e a campanha em busca dos votos já começou. O colégio eleitoral da Panam Sports tem 41 Comitê Olímpicos Nacionais que totalizam 53 votos (países que já organizaram a competição têm voto duplo).
"O Movimento Olímpico Brasileiro já havia referendado essa candidatura. Iniciamos uma gestão que trabalha para ajudar a transformar o Brasil numa nação esportiva, onde a prática esportiva esteja cada vez mais enraizada na sociedade. Temos certeza que Rio e Niterói farão uma grande edição e o COB dará todo seu apoio para que a candidatura seja escolhida", disse o presidente do COB, Marco La Porta.
As 38 modalidades, distribuídas por 57 disciplinas, do PAN 2031 serão separadas em cinco zonas: Barra, Copacabana, Deodoro, Porto Maravilha e Niterói. A proposta apresentada à Panam Sports tem a Cerimônia de Abertura dos Jogos Pan-Americanos marcada para o dia 8 de agosto e a de Encerramento para 24 de agosto. Os Jogos Parapan-Americanos seriam no dia 7 de setembro com término em 16 de setembro.