A argelina, apoiada pela grande maioria dos torcedores presentes, venceu por unanimidade e disputará o ouro na sexta-feira (9) contra a chinesa Liu Yang, às 17h51 (de Brasília).
Saiba tudo sobre o torneio de boxe feminino no Flashscore
A participação em Paris de Khelif e da taiwanesa Lin Yu-ting, que lutará nesta quarta-feira (7) na semifinal da categoria até 57 kg, gerou grande rebuliço midiático e político após terem sido desclassificadas pela Associação Internacional de Boxe (IBA) no ano ado da Copa do Mundo Feminina por não arem no teste de elegibilidade de gênero.
A polêmica eclodiu na última quinta-feira, quando a italiana Angela Carini, primeira adversária de Khelif, abandonou a luta aos prantos após apenas 46 segundos de combate, quando recebeu vários golpes fortes no rosto.
As imagens da luta rapidamente se espalharam nas redes sociais com figuras do esporte, como Martina Navratilova, e políticos, desde a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, até o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, criticando o COI (Comitê Olímpico Internacional) por autorizar a participação de Khelif.
Veja detalhes da vitória de Imane Khelif sobre Janjaem Suwannapheng
Umar Kremlev, presidente da IBA e oligarca ligado ao Kremlin, disse por videochamada que Lin e Khelif foram submetidos a "testes genéticos que mostram que são homens".
“Eles têm níveis de testosterona masculinos”, acrescentou.
Tanto Khelif quanto Lin, que tem a garantia da medalha de bronze que o boxe olímpico concede aos derrotados nas semifinais, participaram há três anos dos Jogos de Tóquio e não subiram no pódio.
Nesta terça-feira (6), no complexo de Roland Garros, Khelif foi ovacionada ao entrar no ringue, enquanto um grande número de bandeiras argelinas tremulavam nas arquibancadas. Com gritos de "Imane, Imane" o público aplaudiu a boxeadora, que dominou a rival.