"A AMA se mantém profundamente cética e preocupada em relação à Rússia", embora seus atletas "continuem ado por testes" antidoping, destacou o dirigente polonês, ex-atleta e ministro de Esportes, durante o Simpósio Anual da AMA, em Lausana (Suíça).
O doping institucional na Rússia, supervisionado pelo Ministério dos Esportes do país e o laboratório antidoping de Moscou entre 2011 e 2015, continua sendo o maior escândalo que a AMA já teve que enfrentar desde a sua criação, em 1999.
O escândalo da Rússia, perpetrado ao mais alto nível estatal, custou ao país uma participação sem bandeira nem símbolos oficiais durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, após uma decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Além disso, sua agência nacional antidoping (Rusada) continua suspensa até nova ordem da AMA.

Mas este caso também levou a agência mundial a desenvolver novas funcionalidades: um arsenal de sanções em caso de "não conformidade" com suas regras, já utilizado contra a Rusada, e principalmente meios autônomos de investigação, que já representam 10% de seu efetivo, supervisionados pelo ex-policial alemão Günter Younger.
"Posso garantir que estamos mais bem equipados para istrar uma situação assim se ela acontecer", afirmou Witold Banka.
A poucos meses dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, nos quais os atletas russos poderão participar sob bandeira neutra e em provas individuais sob a condição de não terem apoiado ativamente a guerra na Ucrânia, o acompanhamento será feito pela Rusada, federações internacionais e pela Agência Internacional de Testes (ITA).
"Desde o início de 2023", a Ita e as federações internacionais "coletaram 1.232 amostras na Rússia, concentrando-se nos atletas de nível internacional que participam ativamente ou estão destinados a participar de eventos de alto nível como os Jogos Olímpicos", lembrou na sexta-feira um comunicado comum da ITA e da AMA.